Embora a maioria das pessoas fique atenta e tente evitar clonagem e fraude dos seus dados e cartões de crédito, infelizmente esse é um crime ainda bastante comum atualmente. Aliás, você sabia que hackers ganham dinheiro vendendo dados de cartões de crédito na dark web? Além de cartões, os criminosos ainda vendem milhões de endereços de e-mails para empresas especializadas em spam.

Mas, afinal, o que é a dark web? Talvez você não saiba, mas de modo resumido a internet possui três níveis de acesso, a web pública, a deep web e a dark web. Nesse sentido, a web pública é onde a maior parte das pessoas navega. Nela você encontra os sites de compras, pesquisa e conteúdos em geral. Já na deep web, além de conteúdo ilegal você também encontra outros conteúdos como sites internos de empresas, bases de dados e até intranet escolar.

Entretanto, é na dark web que se encontra a maior parte dos hackers e criminosos, já que é um nível bastante difícil de acessar. Assim, essas pessoas se aproveitam do anonimato para roubar informações pessoais como e-mails, nome completo, cartões de crédito e até CPF e passaporte! Recentemente, a provedora de serviços de segurança NordVPN analisou os detalhes e descobriu a venda de quatro milhões de cartões de crédito na dark web. Dentre eles, 227 mil são de brasileiros.

Segundo os especialistas, estes cartões são vendidos por, em média, US$9,70, o equivalente a cerca de R$54,70. Ademais, os cartões de crédito brasileiros possuem um valor um pouco mais baixo, em média US$6,54. Além disso, a maior parte dos cartões de crédito da dark web são da bandeira Mastercard, Visa e American Express. A maioria das transações de vendas tem seu pagamento realizado através de bitcoins.

De acordo com a NordVPN, o crescimento da fraude de cartões de crédito na dark web vem crescendo constantemente desde 2014. Isso acontece pois os hackers conseguem lucrar bastante com a venda desse tipo de informação, chegando até a US$40 milhões com apenas uma base de dados! Além de cartões, outros dados vendidos podem ser usados para solicitar empréstimos, e até mesmo vincular seu CPF em ações criminosas.

Por fim, os especialistas compararam os dados de cartões de crédito entre os países com a quantidade de cartões das bandeiras em circulação. Dessa forma, calcularam o índice de risco de cada local de ter essas informações vendidas na dark web. Os Estados Unidos lideram o ranking com 1,5 milhão de cartões de crédito vendidos na dark web. Já o índice de risco do Brasil é de 0,39.