Finanças
Onde guardar dinheiro para render mais?
Onde guardar dinheiro para render mais? Conheça modalidades de investimentos tão seguros quanto a poupança, mas com maior rentabilidade.
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Quando pensam em economizar, muitas pessoas pensam apenas na poupança. Ou ainda, ficam com o dinheiro em espécie, a famosa expressão “dinheiro embaixo do colchão”.
Quando se trata de guardar dinheiro para render mais, 90% dos brasileiros conhecem a Poupança e 88% dos brasileiros guardam seu dinheiro nela.
A Poupança não é um bom investimento.
Especialistas afirmam que caso o seu objetivo seja fazer o seu dinheiro render com o passar do tempo, essa não é uma boa opção.
Entretanto, a grande maioria opta pela poupança pela sensação de segurança e porque é a única opção que conhecem, conforme os dados acima citados.
Ademais, o processo de abertura de uma conta poupança é bastante simples: basta ir ao seu banco com documentos de identificação e comprovante de residência para realizar a abertura.
Depois, você faz depósitos recorrentes e movimenta sua conta, acompanhando os rendimentos.
Contudo, o rendimento dessa modalidade de investimento é de aproximadamente 4,5% ao ano. O que é um retorno muito inferior se comparado aos outros tipos de investimento que também apresentam baixo risco.
Felizmente, com cada vez mais fontes de informação e o entendimento de que a educação financeira é fundamental, os brasileiros têm percebido que a poupança não é a única opção seguro de investimento.
Conforme mencionamos, ela é pouco rentável e existem outras alternativas tão seguras quanto e com maior rentabilidade, como títulos de renda fixa.
Esses títulos seguem o seguinte raciocínio: quanto mais tempo o valor é aplicado, maior é o rendimento final.
Pensando nisso, no texto abaixo iremos responder a seguinte questão: Onde guardar dinheiro para render mais? Siga adiante!
Por que investir seu dinheiro para render mais?
Já afirmamos aqui no blog que um dos hábitos financeiros saudáveis e sustentáveis a longo prazo é realizar aplicações financeiras.
Assim, ao investir, você está fazendo os juros compostos multiplicarem seu dinheiro e ele trabalha para você – e não ao contrário.
Para investir é preciso utilizar o seu planejamento financeiro ao seu favor. Ou seja, estabelecer metas financeiras que serão aplicadas mensalmente nos seus investimentos.
Para escolher o melhor tipo para você é preciso levar em conta os seus objetivos e também o prazo em que deseja realizá-los – curto, médio e longo prazo. Ademais, você também precisa analisar os riscos e a rentabilidade.
Investir sem ter conhecimento é roubada. Por isso, você precisa investir na sua educação financeira começando agora mesmo. Só assim saberá quais são as opções tão seguras quanto a poupança, mas que rendem mais do que a caderneta de poupança.
Na verdade, é importante destacar que se você está guardando seu dinheiro na poupança, não está, de fato, investindo.
Se você mantém o seu dinheiro guardado por 12 meses, por exemplo, o rendimento acumulado é praticamente inexistente.
A poupança tem uma regra de rendimento de 70% da taxa Selic + taxa referencial (TR).
Ou seja, ela não rende acima da inflação projetada pela economia. Ademais, fica também atrás de fundos DI, tendo uma taxa de administração de 0,5% ao ano.
Se você quer que seu dinheiro renda mais precisa trabalhar de mãos dados com os juros compostos. E, de fato, investir o seu dinheiro, ao invés de apenas guardá-lo.
E quando o assunto é rentabilidade, a poupança é uma das piores alternativas.
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Lembre-se de estabelecer uma meta financeira
Primeiramente, conforme mencionamos, para investir, o primeiro passo é estabelecer uma meta financeira.
Se você estabelecer que deseja aplicar 10% do seu salário em investimentos, é isso o que irá fazer. O seu planejamento financeiro irá trabalhar em uma estratégia para cumprir essa meta.
Ademais, você pode aumentar a porcentagem com o passar do tempo.
E não pense que você não pode começar a investir porque tem pouco dinheiro sobrando.
É possível começar com apenas R$30 reais ao mês.
Esse é o valor mínimo exigido pelo Tesouro Direto, por exemplo, que é um programa do governo em parceria com a BMF&Bovespa, e falaremos mais sobre esse na sequência.
Lembre-se também que para cumprir essa meta você precisa analisar de perto suas finanças pessoais.
Assim, é possível descobrir quais são os gargalos financeiros, como otimizar seus recursos e reduzir os gastos mensais.
Para realizar essa análise é necessário ter um controle financeiro, elencando seus custos fixos, como aluguel, água, luz e telefone. E também os custos previstos como IPVA e IPTU. Além de realizar a previsão dos custos variáveis com supermercado, transporte, etc.
É nos custos variáveis que você conseguirá reduzir as despesas, organizando-se de forma mais assertiva e então, estipulando o valor que pode ser destinado para aplicação em investimentos para fazer seu dinheiro render mais.
O segredo para investir é saber reduzir seus custos variáveis e utilizar esse valor para trabalhar para você.
Ademais, opte por investimentos diferentes entre si, variando não só o valor aplicado como também o prazo estipulado, assim você tem uma maior diversificação na sua carteira de investimento, que é o recomendado por especialistas.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do governo em parceria com a BMF&Bovespa.
Basicamente, o que ocorre é que você “empresta” dinheiro para o governo federal e no resgate, recebe o valor de volta com os juros sobre o empréstimo.
O raciocínio é bem simples e é possível investir facilmente direto pela internet.
Se você quer guardar dinheiro para render mais, essa é uma ótima primeira opção. Os títulos públicos federais oferecem boa rentabilidade, com taxas prefixadas, pós-fixadas e híbridas, com o juros fixo + a variação da inflação.
Ademais, a liquidez dos títulos do Tesouro Direto é alta, pois é possível resgatar o valor a qualquer momento. O valor da venda, inclusive, entra na sua conta um dia útil após a ordem de venda.
A taxa de custódia gira em torno de 0,3% sobre a aplicação investida.
E, dependendo da instituição financeira escolhida como emissora, também é cobrada uma taxa de administração.
Ademais, também há a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações com retirada inferior a 30 dias e a incidência do Imposto de Renda.
Até 180 dias a alíquota é de 22,5%. Dentre 361 dias a 720 dias de aplicação, a alíquota é de 17,5%. E, acima de 720 dias de aplicação, a incidência é de 15% no IR.
Além disso, um ponto bastante positivo é que você pode começar com um investimento mínimo de R$30 reais. E, o investimento máximo é no valor de R$1 milhão de reais.
Caso você queira simular o investimento antes de se comprometer, basta entrar no site. Dentro dele, no simulador, você consegue testar as possibilidades antes de fazer uma aplicação. Faça a simulação clicando no botão abaixo.
LCI e LCA
Outra aplicação bastante interessante se trata da Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Um ponto bem interessante é que essas letras de crédito não tem incidência de Imposto de Renda, muito menos cobrança de taxas de custódia ou administração.
Ou seja, são características bem semelhantes à poupança. Entretanto, tem uma rentabilidade melhor, na maioria das vezes.
O raciocínio aplicado é que quanto maior o prazo do título, mais alto será o retorno sobre o investimento.
Contudo, a rentabilidade também depende da instituição financeira emissora do título e dos critérios adotados pela mesma em termos de liquidez e investimento mínimo, por exemplo.
As taxas de juros tanto das LCIs quanto das LCAs podem ser prefixadas ou pós-fixadas e estão atreladas ao CDI, que é o índice interbancário que segue a Selic.
CDB
O CDB, Certificado de Depósito Bancário, é um um dos títulos de renda fixa mais populares.
Ele possui diferentes prazos de vencimentos, com taxas prefixadas e pós-fixadas.
A rentabilidade do título depende da instituição financeira emissora.
Ademais, destaca-se que a rentabilidade pode ser tão boa ou até melhor do que os títulos públicos do Tesouro Direto, dependendo da instituição escolhida.
Para saber qual a melhor escolha, confira as taxas cobradas e informações sobre liquidez, retorno previsto e prazo de vencimento.
Além disso, é importante destacar que todo título CDB é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito, que é o mesmo mecanismo utilizado na caderneta de poupança.
Esse fundo de garantia é o que irá te proteger caso o banco venha a falir, por exemplo.
Ele tem o limite de até R$250 mil reais por CPF por conglomerado financeiro. E tem um limite de R$1 milhão de reais durante quatro anos.
Fundos de renda fixa
Os fundos de renda fixa são uma ótima alternativa para quem deseja uma boa rentabilidade e segurança.
Um ótimo substituto para a caderneta de poupança é o Fundo DI, que são compostos por 95% de títulos públicos do Tesouro Direto e títulos privados de baixo risco, como CDBs.
Os fundos de renda fixa possuem pouca volatilidade e alta liquidez, tendo um rendimento atrelado ao CDI.
Contudo, sempre fique atento a taxa de custódia e a taxa de administração.
Isso porque enquanto alguns fundos cobrem esses valores, outros comprometem seu rendimento, consumindo uma parte da aplicação para o pagamento dessas taxas.
Se você está começando a investir agora, os fundos de renda fixa são uma ótima opção de baixo risco.
Ademais, você pode escolher o prazo de vencimento que melhor se enquadra em seus objetivos.
A alíquota de incidência sobre o IR depende do tempo que você deixará o seu dinheiro aplicado.
Até 180 dias é cobrado 22,5% do valor investido + rendimento. Dentre 361 dias a 720 dias de aplicação, a alíquota é de 17,5%. E, acima de 720 dias de aplicação, a incidência é de 15% no IR.
Previdência Privada
A Previdência Privada é uma ótima opção para quem está pensando na aposentadoria. Ou seja, a longo prazo.
Mesmo que você já contribua para o INSS, é sempre bom pensar nessa “aposentadoria extra”, que tem maior rentabilidade.
A Previdência Privada é dividida em dois planos mais comuns: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
O PGBL é mais indicado para quem faz a declaração do Imposto de Renda complexa.
Desse modo, na hora do resgate é que ocorrerá a incidência sobre o valor das aplicações + valor do rendimento acumulado ao longo dos anos.
O VGBL, por sua vez, é recomendado para quem faz a declaração do Imposto de Renda pelo formulário simplificado.
Assim, na hora do resgate, o imposto irá incidir apenas no rendimento acumulado, porque o restante já incidiu diretamente na fonte com o passar dos anos.
Diversifique seus investimentos para seu dinheiro render mais
Conforme mencionamos, a diversificação de investimentos é fundamental para quem deseja ter cada vez mais rentabilidade e garantir sua independência financeira.
Para isso, você precisa criar sua carteira de investimentos, que contemplará suas diferentes aplicações, rentabilidades e vencimentos.
Ter essa carteira é o que irá te proteger das oscilações de mercado e fazer com que, possivelmente, você ganhe em qualquer cenário.
Para isso, você precisa não só de educação financeira, mas também de uma boa corretora ou um bom consultor de finanças pessoais para aprender mais sobre a economia e o mercado.
Na hora de montar sua carteira de investimentos, pense primeiramente em liquidez.
Muitos dizem para você criar um “colchão de liquidez”, que servirá como proteção caso você tenha uma emergência.
Na realidade, até sua própria reserva de emergência pode ser aplicada em um investimento de liquidez diária, por exemplo. Ou seja, você pode resgatar o montante a qualquer momento.
Contudo, é bom lembrar que quanto maior o prazo de vencimento, melhor será o retorno sobre o investimento. Isso vale tanto para ativos de renda fixa como para ativos de renda variável.
Ressaltamos que o longo prazo é um cenário acima de cinco anos.
Mas, em sua carteira de investimentos, você pode trabalhar com opções de aplicações de um ano, dois, três, quatro, etc. e com rentabilidades tanto prefixadas como pós-fixadas, ou até mesmo híbridas.
Especialistas afirmam que essa é uma boa forma de se blindar contra qualquer cenário desfavorável.
Para entender mais sobre isso, aposte na sua educação financeira e em conversas com especialistas. Ademais, tente economizar cada vez mais sua renda mensal para fazê-la multiplicar com os juros compostos.
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Sobre o autor / Duda Razzera
Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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