Educação financeira
O que é e como calcular a taxa de custódia
A taxa de custódia pode ser cobrada quando você tem conta em uma corretora, em geral é pequena e proporcial ao valor investido. Saiba mais aqui!
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Saiba qual o valor da taxa de custódia
Mesmo que muitas corretoras possuam taxa de corretagem zeradas, ainda existem outras cobranças em cima do seu ativo. Uma delas é a taxa de custódia.
Mas, você sabe o que significa essa taxa? Como calculá-la? E qual é a taxa de custódia de cada um dos seus investimentos?
Para responder essas e outras questões a respeito do tema, fizemos um artigo completo sobre a taxa de custódia. Hoje, queremos te mostrar como ela é calculada e influencia na sua rentabilidade, confira:
O que é taxa de custódia?
Em síntese, a taxa de custódia é uma tarifa cobrada sobre os seus investimentos com o intuito de fazer o registro dos mesmos junto à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Em outras palavras, trata-se de uma taxa que você precisa pagar para garantir que os custodiantes dos títulos possam fazer a guarda, manutenção e segurança dos sistemas que protegem seus títulos.
Aqui no Brasil, quem cobra a taxa é a própria B3, bolsa de valores brasileira e principal custodiante do país. A B3 repassa às corretoras e bancos qual é o valor da taxa de custódia e depois, estas cobram dos donos dos papéis.
Vale lembrar que a taxa é pequena e corresponde a uma pequena parte de todo o valor que está investido. Além disso, os valores variam de acordo com o tipo de ativo.
Só para ilustrar, investimentos em ações inferiores a R$20 mil estão isentos. Enquanto que os títulos do Tesouro Direto possuem uma taxa de custódia de 0,025% ao ano, independente do valor que está investido.
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Como funciona a taxa de custódia?
Tendo em vista que a taxa de custódia existe para manter o registro do seu título, ela funciona como uma garantia de segurança para você.
Isso porque, quando você paga a tarifa, a custodiante garante, em troca, a proteção de todos os dados do seu investimento e também os seus.
Em suma, a taxa varia conforme o tipo de investimento, sendo que é mais comum aparecer na custódia de ações e nos títulos do Tesouro Direto.
Além disso, a cobrança se dará com base no total investido. Ou seja, diferente da cobrança de impostos que incide apenas sobre a rentabilidade, a tarifa de custódia tem como base de seu cálculo a soma entre valor investido e rentabilidade até aquele momento.
Ademais, o valor cobrado será sempre proporcional ao tempo que o dinheiro está investido.
Um outro recurso que ajuda a manter a sua tranquilidade enquanto investidor é o FGC, saiba mais sobre ele no link que deixei aqui embaixo:
FGC: o que é e como funciona
Entenda o que é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), responsável por dar mais segurança e estabilidade ao sistema financeiro brasileiro e aos ativos de renda fixa.
Como calculá-la?
Como já falamos, o valor da tarifa de custódia não é o mesmo para todas as aplicações. Por exemplo: nas ações, quem tem menos de R$20 mil investidos está isento e, depois desse valor, a taxa varia de forma decrescente entre 0,05% a 0,0005% a.a.
Um outro exemplo é o do Tesouro Direto, que possui uma taxa anual de 0,025%. Nesse caso, se você tem R$1000,00 aplicados num Tesouro Direto com taxa de juros prefixada de 8% ao ano, para calcular o valor da taxa de custódia, o cálculo é o seguinte:
- Valor investido R$1000
- Taxa de juros 8%
- Ao final de um ano, seu ativo terá o valor de R$1080 (investimento + rentabilidade)
- Agora, basta calcular a taxa de custódia: 1080 x 0,025 / 100 = R$0,27
- Ou seja, no nosso exemplo, a taxa de custódia cobrada será de R$0,27 ao ano.
Como você deve ter percebido, o valor dessa tarifa é baixo e não prejudica a sua rentabilidade. Afinal, enquanto você ganhou R$80,00 em juros, precisou pagar apenas R$0,27.
Como é cobrada a taxa em ações?
Em relação à taxa de custódia para ações, depois que você passar do limite de isenção de R$20 mil, basicamente estará sujeito a regra de que quanto mais dinheiro estiver investido, menor será a taxa.
Calma, que vou explicar melhor:
Em suma, investidores com menos de R$20 mil em ações não precisam se preocupar com a taxa de custódia. No entanto, para quem tem mais do que esse limite investido, a taxa será decrescente entre 0,05% e 0,0005% a.a.
Assim sendo, se você tem até R$100 mil em ações, pagará uma taxa de 0,05% a.a. Agora, se o valor investido estiver na casa de R$1 milhão, a tarifa diminui para 0,013% a.a.
Além disso, a tarifa sempre é descontada de forma automática no último dia útil de cada mês por meio da sua conta na corretora de valores. Desse modo, se você precisa pagá-la, apenas garanta que há dinheiro na conta para o débito.
Ademais, os valores de taxas que mostramos estão de acordo com o informado pela B3 e correspondem ao período de um ano. Portanto, a cada mês será descontado um valor proporcional ao período e não toda a taxa informada.
Como é calculada a taxa de custódia no Tesouro Direto?
Ao contrário das ações, em que a taxa de custódia é descontada no último dia útil de cada mês, para os títulos do Tesouro Direto, essa tarifa é cobrada apenas duas vezes por ano.
Dessa forma, você será tarifado nos dias primeiro de janeiro e primeiro de julho de cada ano, sendo que o valor é de 0,025% ao ano. Lembrando que a taxa é dividida: 0,0125% do total investido será cobrado em janeiro e outros 0,0125% em julho.
A cobrança também é automática, assim como nas ações. No entanto, você não tem nenhum tipo de isenção.
Ou seja, independente do valor que aplicar nos títulos públicos, terá que pagar a taxa nos dias acertados.
Por fim, vale lembrar que a taxa de custódia será cobrada fora dos dias fixos em caso de:
- resgate antes do prazo
- ao receber os juros semestrais (de títulos com esse tipo de rentabilidade)
- quando o papel vencer
Em todos esses casos o valor cobrado será proporcional com base no tempo que já passou desde a última cobrança.
Se você quiser saber mais sobre os títulos do Tesouro Direto, minha dica é conferir o artigo que escrevi sobre esses ativos. Lá eu explico como investir e quais são os principais títulos para você começar.
O que são os títulos públicos e como investir
Entenda o que são os títulos públicos do Tesouro direto, quais são os principais e como você pode começar a investir nestes ativos que são os mais seguros do mercado.
Sobre o autor / Fernanda Weber
Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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