Primeiramente, desde 2014 o Estado não reconhece um superávit primário em sua economia. Ou seja, as despesas estão sendo maiores que as receitas, o que indica que nossa economia está em rota de colisão, já que fecha no vermelho todos os anos. Nesse sentido, a Reforma Previdenciária está se tornando cada vez mais urgente, ao que o Tesouro Nacional anunciou seus planos de lançar um Título Previdenciário. Mas, afinal, como isso pode ajudar?

Antes de mais nada, é importante informar que os estudos para o lançamento deste título ainda estão em sua fase inicial e não foi divulgada nenhuma data de lançamento. No entanto, seu objetivo é bastante claro, o de auxiliar o planejamento previdenciário da população. Assim, com a criação desse Título Previdenciário, a ideia seria de criar um investimento indexado à inflação, que teria um período de acumulação de até 40 anos.

Inspirado em experiências internacionais e outras pesquisas, o projeto traz a ideia de simuladores previdenciários. Ou seja, a cada mês trabalhado e contribuído, o usuário veria o efeito de sua renda após os 65 anos de idade. Assim agindo como um instrumento de educação financeira da população.

Embora já existam investimentos que visam algo muito parecido com o projeto do Título Previdenciário, especialistas afirmam que eles ainda não são tão populares. O motivo seria algo bastante simples, eles não carregam no nome a palavra “aposentadoria”. Desse modo, com o lançamento do título, prevê-se um atrativo maior aos investimentos de longo prazo, trazendo talvez uma mudança comportamental da população.

Então, mesmo para os que não entendem desse tipo de investimento, por se tratar de algo tão importante quanto a aposentadoria, a ideia é que muito ampliem sua consciência. Através do simulador previdenciário, do qual o projeto do Título Previdenciário faz menção, o investidor já teria uma previsibilidade de sua aposentadoria. Desse modo, a ideia funcionaria basicamente como uma previdência privada, atrelada ao Tesouro Nacional.

Na verdade, com todos os desafios recentes enfrentados pela economia, torna-se mais do que necessário uma reforma previdenciária, já que futuramente não poderemos contar com a previdência social. Embora ainda em fase inicial, os estudos do Tesouro Nacional para lançamento do projeto já são vistos com bons olhos por economistas.