Educação financeira
O que são os títulos públicos e como investir
Saiba tudo sobre os títulos públicos e comece a montar sua reserva de emergência o quanto antes para ter maior segurança financeira.
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Títulos públicos
Se você estiver começando a investir, saiba que os títulos públicos são a melhor opção neste momento. Isso porque são seguros, rentáveis e garantidos pelo Tesouro Nacional.
Portanto, se você quiser saber mais sobre esse tipo de ativo de renda fixa, como funcionam e se vale a pena, siga com a gente.
Também vamos te mostrar como você pode investir no Tesouro Nacional com a ajuda de uma corretora de valores.
Vamos lá!
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Títulos públicos: vale a pena investir?
Os títulos públicos são mais uma das opções de investimento em que você aplica seu dinheiro em ativos de renda fixa.
Ou seja, ao fazer o investimento, você já sabe qual é a rentabilidade da sua aplicação.
Esses títulos, emitidos pelo Tesouro Nacional, têm liquidez diária. Isto é, caso você precise do dinheiro que está investido, consegue ele em até um dia útil.
Por isso, os títulos do Tesouro Direto são muito usados para montar a reserva de emergência.
Mas não é só isso!
Como você verá ao longo deste artigo, os títulos públicos estão entre os ativos mais sólidos, seguros e com boa rentabilidade.
Tendo em vista que existem várias opções de ativos, com toda certeza, você encontrará o que mais atende às suas necessidades!
Além disso, os títulos do tesouro são muito parecidos com os Certificados de Depósitos Bancários (CDB). O que muda é que enquanto os CDBs são emitidos por bancos, os títulos são emitidos pelo governo federal.
Descubra o que são títulos públicos
Como já adiantamos, os títulos públicos são papéis de ativos emitidos pelo governo federal por meio da Secretaria do Tesouro Nacional.
Em suma, são o investimento mais seguro que você pode fazer tendo em vista que estão protegidos pelo Tesouro Nacional.
Mesmo que isso pareça até uma bobagem ou mesmo estranho, acredite se quiser, os investimentos protegidos pelo governo são os mais confiáveis.
Isso porque as chances do governo dar o calote ou falir praticamente não existem. E, caso isso aconteça, todos os outros tipos de ativos, bancos e corretoras já teriam falido antes.
Portanto, de modo geral, investir em títulos do Tesouro Direto é a maneira mais segura de você finalmente parar de depositar dinheiro na poupança e passar a realmente ver seu dinheiro render.
Mas, como assim, a poupança não é um investimento?
Em síntese, a caderneta de poupança até é um investimento. No entanto, a rentabilidade é bem menor do que a inflação e, com isso, seu dinheiro, apesar de render, perde valor ao longo do tempo.
O que são títulos públicos?
Os títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional com o intuito de financiar a dívida pública.
Dessa forma, ao fazer uma aplicação no Tesouro Direto, você passa a “emprestar” dinheiro para o governo e recebe em troca uma rentabilidade estabelecida no momento em que adquire o papel.
Esses títulos já existem a bastante tempo, no entanto, desde 2002 estão disponíveis para que todos os cidadãos possam investir.
Neste ano, o Tesouro Nacional e a bolsa de valores (B3) criaram o Tesouro Direto. Em suma, por meio do Tesouro Direto você consegue aplicar seu dinheiro em títulos do governo federal.
Geralmente a rentabilidade destes títulos está atrelada a taxas prefixadas ou então a índices como o CDI, a Taxa Selic (taxa básica de juros) ou ao IPCA (inflação real).
Além disso, com menos de R$50 você já consegue investir. Dessa forma, os títulos públicos são considerados uma boa opção para quem está começando e não tem muito dinheiro.
Atualmente, existem várias opções de títulos disponíveis, alguns pagam os juros diariamente, no entanto, outros são apenas semestrais. Por isso é importante estar atento às regras antes de aplicar seu dinheiro.
Conheça os tipos de títulos públicos
Como já adiantamos, os títulos públicos estão divididos em diferentes tipos de ativos. Em suma, eles estão atrelados a taxas como a Selic, o CDI e o IPCA.
Cada um desses investimentos possui suas próprias características. Portanto, veja agora as principais opções:
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é, certamente, o preferido de quem investe nos títulos do Tesouro Nacional.
Isso porque tem a sua taxa de juros baseada na Selic e liquidez diária. Com isso, todos os dias o valor do seu investimento é corrigido com base nos juros atuais.
Além disso, apesar do título pagar mais se você retirar ele apenas no vencimento, você pode sacar o dinheiro a qualquer momento.
Essa característica faz com que o Tesouro Selic seja indicado para quem está montando sua reserva de emergência.
Ademais, se você está começando e tem pouco dinheiro para investir, com R$30 já consegue comprar títulos da dívida pública.
Este tipo de ativo serve para investir no curto e médio prazo. Em outras palavras, para quem quer ver seu investimento dando lucros de forma rápida.
No entanto, para o longo prazo, nossa sugestão é que você mantenha apenas a reserva de emergência no Tesouro Selic e procure outras opções de investimento que rendam mais.
Tesouro prefixado
Em relação ao Tesouro Prefixado, você vai encontrar duas opções de ativos para investir.
- Tesouro prefixado: com taxa de juros fixada no momento em que adquirir o ativo. Esse título paga somente quando o papel vencer e está atrelado às expectativas do mercado. Nossa sugestão é que você invista nele se quiser acumular recursos.
- Tesouro prefixado com juros semestrais: este ativo se assemelha ao anterior. Porém paga juros apenas a cada 6 meses e você só pode sacar o valor investido no momento em que seu papel vencer. Indicado para aquelas pessoas que querem viver de renda no futuro e apostam na redução da taxa de juros.
Tesouro IPCA
Assim como o prefixado, o Tesouro IPCA também possui duas opções.
A primeira delas, chamada de Tesouro IPCA +, tem a rentabilidade atrelada a variação do IPCA mais uma taxa de juros determinada quando você adquire o ativo.
Os juros vão acumulando com o tempo, no entanto, esse título só paga no no vencimento. Ou seja, você não consegue resgatar seu dinheiro antes.
Esse tipo de ativo é indicado para quem quer proteger seu dinheiro das variações da inflação e garantir, juros reias sobre o valor investido.
Agora, a segunda opção é o Tesouro IPCA + Juros Semestrais. Nesta opção você recebe juros a cada 6 meses e só pode sacar o valor que investir no momento que seu papel vencer.
Além disso, essa opção acaba sendo usada por quem deseja viver de renda.
Como esses ativos funcionam?
Os títulos públicos funcionam de maneira bem simples. Em resumo, depois que você adquirir um ativo, ele passa a fazer parte da sua carteira de investimentos.
Dependendo do tipo de título do Tesouro Direto que você escolher, os juros caem na sua conta todos os dias ou uma vez a cada 6 meses.
Os juros que você recebe por seus ativos ficam atrelados ao investimento e o ideal é sempre manter seu papel até a data que ele vencer.
Isso porque seu dinheiro vai render mais e você terá menos impostos para pagar.
Mas, caso precise, uma aplicação no Tesouro Selic pode ser desfeita e você recebe seu dinheiro de volta em um dia.
Custos e taxas dos títulos públicos
Ao investir em títulos públicos, você precisa estar atento a algumas taxas e custos que são cobrados.
Em geral, essas informações são acessíveis e todas as corretoras atuam de maneira responsável para te deixar a par de todas estas taxas.
Vamos a elas:
- Taxa de administração:valor cobrado pela corretora para realizar as operações na bolsa de valores. No entanto, nem todas as corretoras cobram essa taxa. Caso você invista um pouco por mês, sugerimos que procure por corretoras que zeram essa taxa.
- Taxa de custódia: corresponde a 0,3% do valor investido no Tesouro Direto. Cobrado uma vez por ano pela bolsa de valores do Brasil (B3). Valor usado para que a bolsa guarde, proteja e movimente os títulos dos investidores.
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): cobrado apenas se você adquirir um ativo com duração inferior a 30 dias. Depois que passar os 30 dias, você não precisa pagar mais nenhum valor de IOF.
- Imposto de Renda: todos os títulos do Tesouro Direto possuem tributação atrelada ao IR. Esse imposto é cobrado de maneira regressiva, sendo que, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor a alíquota. Confira na tabela como funciona a cobrança regressiva:
Tempo | Valor da alíquota de IR |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 dias a 360 dias | 20% |
De 361 dias a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias (2 anos) | 15% |
Quais as vantagens?
No momento em que decidir investir em títulos públicos você vai começar a perceber as vantagens desses ativos.
Isso porque são consideradas as aplicações mais seguras do mercado. Aliás, muitos especialistas recomendam esse investimento por considerarem ele um “ativo livre de risco”.
Dessa maneira, você tem certeza de que receberá seu dinheiro de volta quando o papel vencer. Além disso, garante uma boa rentabilidade para a sua carteira de investimentos.
Outra vantagem destes ativos de renda fixa está no fato de terem liquidez diária (Tesouro Selic). Com isso, é o ativo mais indicado para você montar a sua reserva de emergência.
Afinal, caso precise resgatar o dinheiro para cobrir uma urgência, esse valor estará disponível de maneira bem rápida.
Ademais, os títulos públicos são uma ótima opção para quem não tem muito dinheiro para investir. Por exemplo, se você conseguir economizar todos os meses R$50 já consegue comprar ativos do governo e passar a receber juros.
É claro que, no início, esses valores serão baixos. Contudo, no longo prazo, você verá que o esforço compensa.
Como investir em títulos públicos?
Em primeiro lugar, para poder investir no Tesouro Direto, você precisa de uma conta numa corretora.
Depois que fizer sua conta e tiver o cadastro aprovado, você deve transferir algum dinheiro para a conta da corretora. Isso é feito via TED, então pode levar um ou dois dias para o dinheiro chegar até a corretora.
Em seguida, basta escolher os ativos de renda fixa e concluir o processo de compra do seu ativo. Após aprovado, o seu título do governo ficará na sua carteira de investimento que você acessa a qualquer momento pela corretora.
Vale lembrar que muitas delas possuem tanto site quanto aplicativos para você fazer os investimentos.
Além disso, é possível ter conta em mais de uma corretora ao mesmo tempo. Não há problema algum.
Vale a pena investir?
Em suma, acreditamos que sim, vale a pena investir nos títulos públicos.
Principalmente se você quiser montar uma reserva de emergência com boa rentabilidade.
Outra coisa, se você for iniciante, essa é a melhor opção também. Afinal, você já pode aprender a mexer no aplicativo da corretora e iniciar seus investimentos.
No entanto, na medida em que o tempo passar e você ficar mais experiente, nossa sugestão é procurar diversificar sua carteira.
Com isso, queremos dizer que você precisa ir conhecendo outras opções de investimentos mais rentáveis como os de renda variável. Mas só se estiver seguro, é claro.
Além disso, sempre mantenha a sua reserva de emergência em ativos de renda fixa de liquidez diária, como é o caso do Tesouro Direto, assim o seu dinheiro estará protegido das variações do mercado.
Por fim, para saber mais sobre a renda variável e suas diferenças em relação a renda fixa, continue a leitura:
Sobre o autor / Fernanda Weber
Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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