De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação no Brasil subiu cerca de 1,01% em fevereiro. Assim, com base nos dados fornecidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), esse é o maior patamar para o mês desde 2015, quando o aumento foi de 1,22%. 

Estudos feitos pela entidade detectaram altas em todos os setores de produtos e serviços. Em primeiro lugar está o segmento da educação, com alta de 5,61% e 0,31 de ponto percentual. Logo após, o setor de alimentos teve um aumento de 1,28% com 0,27 de ponto percentual. As duas divisões são responsáveis por aproximadamente 57% do IPCA no último mês. 

Mesmo com o aumento impressionante em fevereiro, os dados ficaram dentro do intervalo previsto no quadro geral. Isso porque apesar de a taxa acumulada pela inflação este ano chegar a casa dos 1,56%, ela fechou em 10,54% nos últimos 12 meses. A projeção, segundo especialistas, era entre 10,36% e 10,69%, com uma média de 10,47%. 

Em entrevista ao portal de notícias G1, o gerente responsável pela apuração dos percentuais, Pedro Kislanov, informou que o motivo de a educação ter alcançado o maior nível percentual em fevereiro se dá por conta do início do ano letivo, incorporado no IPCA.

Segundo os dados apresentados pelo IBGE, esses foram os setores que mais tiveram alteração inflacionária em fevereiro:

Apesar da queda recente do dólar, os preços elevados das commodities em decorrência do conflito no leste europeu entre Rússia e Ucrânia, além do novo aumento nos combustíveis fósseis no país ainda causam preocupação. Em 2021, a inflação fechou na casa dos 10,06% no Brasil, registrando o maior número desde 2015.

Por fim, a média projetada para este ano por analistas de mercado é de 5.65%. No entanto, especialistas financeiros apontam um IPCA superando a margem de 6% até o final de 2022.