Finanças
O que fazer numa situação financeira difícil?
Confira dicas do que fazer numa situação financeira difícil. Aprenda sobre a necessidade de novos hábitos e como lidar com o dinheiro.
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Situação financeira difícil
Quem nunca passou por uma situação financeira difícil?
Em maior ou menor proporção, todos nós já comprometemos o nosso orçamento familiar com dívidas.
Sejam elas no crediário, cartão de crédito, financiamento ou parcelamento, dentre outras.
Em alguns casos, no entanto, as dívidas acumulam e o controle financeiro já não existe mais.
Você começa a solicitar empréstimos para cobrir outros empréstimos…
Assim, sua qualidade de vida vai diminuindo e vai precarizando sua saúde mental por conta da preocupação com as contas que só vão acumulando, em um feito bola de neve.
Contudo, por mais impossível que possa parecer sair dessa situação financeira difícil, você consegue.
É preciso foco, disciplina e mudança de hábitos, além de investir em conhecimento sobre finanças pessoais a fim de aprender a lidar com o dinheiro.
Mas, se você estiver disposto e disposta, iremos te dar algumas dicas para sair desse sufoco financeiro e se livrar das dívidas de uma vez por todas.
Primeiramente, é importante destacar que, por mais curioso que possa parecer, ao lidar com uma situação financeira difícil, não se deve agir no ato.
Não, primeiro você precisa respirar e dar um passo atrás.
Não se deve tentar encontrar soluções precipitadas que trarão mais problemas a longo prazo.
Você pode acabar em uma situação ainda mais difícil do que a original.
Ademais, deixe a culpa e a vergonha de lado. Elimine-as do seu pensamento.
Não aprendemos a lidar com o dinheiro, não tivemos educação financeira.
Qualquer um pode passar por uma situação difícil.
O importante é que você se deu conta de que precisa adotar hábitos saudáveis e sustentáveis a longo prazo para equilibrar sua vida financeira, organizando suas finanças pessoais.
Não deixe se levar pela preocupação em uma situação financeira difícil
Já ouviu que é melhor conversar sobre assuntos sérios com a cabeça fria?
O mesmo raciocínio pode ser utilizado ao se falar sobre dinheiro.
Conforme mencionamos, tomar atitudes impensadas pode piorar (e muito!) sua situação financeira.
Ademais, preocupar-se não irá te auxiliar a tomar uma decisão e traçar uma estratégia para solucionar os problemas.
Primeiramente, você desenvolveu a consciência de que suas finanças pessoais precisam ser organizadas.
Ou seja, você precisa de um planejamento financeiro para entender a fotografia da sua vida financeira e começar a equilibrar as contas.
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Não solicite um novo empréstimo
No início do texto mencionamos que muitos inadimplentes decidem solicitar outro empréstimo para quitar o original.
Essa é uma armadilha que muitos caem, com a ideia de que ao fazer isso conseguirá mais tempo para colocar as contas em dia e equilibrar o orçamento.
Entretanto, esse é um sinal de alerta, pois daqui há pouco você pode se encontrar na zona do superendividamento.
Ou seja, não ter mais capacidade de honrar com seus compromissos financeiros, pois suas dívidas ultrapassaram demais a sua renda mensal.
Nós sabemos que começar do zero, ou seja, contrair um novo empréstimo para quitar o antigo e tirar os credores do seu pescoço é algo muito tentador.
Entretanto, se você não tem recursos para pagar sua dívida original, dificilmente terá para honrar com esse novo compromisso financeiro gerado.
Mesmo que uma instituição financeira aceita lhe emprestar o dinheiro, o seu perfil de risco já é considerado maior, o que te trará taxa de juros mais elevadas.
Assim, só recomendamos trocar uma dívida por outra quando a taxa de juros for inferior.
Ou seja, se você conseguir condições melhores em outro empréstimo, com um bom prazo de pagamento, taxa de juros inferior e uma parcela que caiba no seu orçamento, aí sim é uma boa opção para sair de uma situação financeira difícil.
Mude seu estilo de vida e não se apegue a bens materiais
Outra grande armadilha é gastar mais do que ganha.
Ou seja, muitas pessoas desejam ter um estilo de vida que sua renda mensal não comporta.
Comer fora todo dia, jantar fora aos finais de semana, ir ao cinema todo mês, o consumo excessivo de itens que não são essenciais, etc.
A verdade é que se você possui dívidas precisará sacrificar o seu estilo de vida no curto prazo.
Contudo, você não deve lidar com isso como um sacrifício propriamente dito e sim, como uma estratégia a ser adotada para melhorar sua qualidade de vida e equilibrar suas finanças pessoais.
Não gastar mais do que se ganha é o primeiro hábito financeiro saudável que você precisa adotar.
Por isso, mencionamos o quanto foco e disciplina são importantes para sair de uma situação como essa que você está enfrentando.
Você precisa tornar-se consciente de que mudanças em sua vida são necessárias.
Opte por hobbies e lazer gratuitos, faça suas refeições em casa, reduza seus custos com água, luz, internet e telefone o máximo possível e, corte todos os gastos supérfluos.
Ademais, não se apegue aos bens materiais.
O que você conquistou uma vez com o suor do seu trabalho, pode ser conquistado de novo, em uma vida tranquila e equilibrada.
Por isso, uma ótima alternativa é fazer um bazar de suas roupas e outros itens que você não utiliza.
Adote algumas práticas do minimalismo e consumo consciente e sustentável.
Tem duas televisões? Que tal vender uma e manter a outra?
Isso te dará um respiro financeiro para organizar uma parte de suas contas, por exemplo.
Organize suas dívidas
Para organizar suas finanças pessoais é preciso também organizar suas dívidas.
Afinal, elas precisam constar em seu planejamento financeiro e em sua estratégia de pagamentos.
Para organizá-las, você precisa decidir o que irá pagar primeiro.
Especialistas recomendam que você opte por pagar, primeiramente, as suas contas de serviços essenciais, como água, luz, saúde, moradia e alimentação.
Com essas contas garantidas, passe a pagar as dívidas menores, pois quanto mais cedo você conseguir se livrar de algumas dívidas, melhor.
Para isso, junte um dinheiro e tente negociar o pagamento à vista com desconto.
Caso você não possua nenhuma dívida menor que possa quitar, comece pelas que possuem taxas de juros mais altas, como as do cartão de crédito e cheque especial.
Se não conseguir pagar à vista, renegocie, procurando uma taxa de juros menor e parcelas que caibam dentro do seu orçamento para não correr o risco de ficar inadimplente outra vez.
Ademais, sempre mantenha contato com seus credores.
Se você sumir e não dar satisfações, a sua credibilidade só irá diminuir e seu perfil de risco aumentar. Assim, você não conseguirá boas negociações.
A maioria das empresas preferem receber alguma coisa do que não receber nada. Então, sempre busque um acordo que fique bom para ambos os lados.
Ao receber ligações, atenda e explique sua situação.
Quando puder, forneça o prazo de pagamento possível, seja transparente.
Entretanto, caso a cobrança se torne excessiva e abusiva, impedindo que você trabalhe, por exemplo, com várias ligações ao dia, procure seus direitos.
Consulte um advogado, pois segundo o artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor, o inadimplente “não será exposto ao ridículo, nem submetido a qualquer constrangimento ou ameaça”.
Não se descapitalize de uma só vez
Outro erro comum é tentar pagar tudo de uma vez e nem tentar rever o seu contrato.
Converse com os credores e procure revisar os termos de pagamento da dívida.
Espere para ver o que lhe é oferecido e também exponha sua situação e capacidade de pagamento.
Especialistas afirmam que mesmo você tendo a capacidade de pagar o valor integral, deve repensar.
Antes de tomar uma decisão, verifique os juros cobrados, pois com o pagamento à vista você pode obter um desconto.
Além disso, você precisa pensar em seu orçamento familiar como um todo.
Quanto você economizará ao realizar o pagamento integral?
Quando te juros você deixará de pagar ao realizar o pagamento de uma vez só?
Você terá dinheiro para manter suas contas essenciais em dia se quitar essa dívida?
Uma ótima alternativa pode ser renegociar para o pagamento em um prazo menor e com taxas de juros diferenciadas, dando um valor de entrada.
Depois, pegue o restante do valor e invista em Tesouro Direto ou em um CDB um renda fixa e utilize o investimento para criar uma reserva de emergência e também ir quitando a dívida.
Aproveitar esse valor para criar uma reserva é fundamental.
Afinal, você provavelmente se encontra nessa situação difícil porque passou por algum imprevisto e não conseguiu cumprir seus compromissos financeiros.
Logo, ter uma reserva em caso de imprevistos é muito importante.
Pague o financiamento imobiliário
Uma despesa que não pode ficar de lado é a parcela do seu financiamento imobiliário.
Isso porque em caso de não pagamento você corre o risco de ter o bem tomado pela instituição financeira que lhe emprestou o dinheiro.
Por isso, após o pagamento de suas contas essenciais, a prioridade deve ser o financiamento imobiliário, já que ele se encontra na categoria “moradia”, que é essencial para você.
Não se deixe levar pelo fato de que as taxas de juros são menores do que as dívidas em cheque especial ou cartão de crédito, porque você precisa de um lugar para morar.
Uma alternativa é você vender o bem para quitar o financiamento, caso ele seja muito pesado para o seu orçamento e morar de aluguel.
Fomos levados a acreditar que o aluguel é “dinheiro jogado fora” e encantados pelo “sonho da casa própria”.
Entretanto, se você não possui o valor à vista para comprar uma casa e o financiamento compromete mais do que 30% da sua renda, você deve repensar.
Por exemplo, se você pagaria R$2500 reais de financiamento, que tal alugar um local por R$1500 reais e utilizar os R$1000 reais excedentes para investir em renda fixa?
Em 25 anos, que seria o tempo que o financiamento duraria, você terá um bom montante gerado pelos seus investimentos, o suficiente até para adquirir um imóvel e terá vivido de aluguel, sem correr o risco de perder sua casa por conta de não pagar a parcela do financiamento.
Ajuste seu orçamento familiar
O financiamento de um veículo ou um empréstimo com garantia de imóvel ou veículo também deve ser levado a sério.
Se você depende do seu carro para trabalhar, por exemplo, é um sinal de alerta.
Que tal vender o seu carro, quitar o financiamento e alugar um carro mensalmente?
Existem diversos aplicativos para aluguel de carro que gera muita economia para você, ao invés de pagar as taxas de juros altas do financiamento de veículo.
Ademais, se você possui um empréstimo com garantia, também precisa tomar cuidado.
Afinal, a instituição financeira que lhe emprestou dinheiro pode tomar seu bem em caso de inadimplência.
Assim, seu orçamento familiar precisa ser levar em conta todas essas questões.
Por isso, enquanto estiver tentando pagar suas contas, lembre-se de além de priorizar suas necessidades básicas, não comprometer a casa onde você mora.
Além disso, não crie novas dívidas enquanto trabalha para quitar as já existentes.
Para isso, utilize aplicativos que irão te ajudar a organizar suas finanças pessoais de forma assertiva.
Crie categorias para suas despesas e assim que receber sua renda mensal, quite as contas de aluguel/financiamento imobiliário, água, luz, saúde e telefone.
Se possível, já coloque em débito automático em conta para não esquecer as datas de vencimento.
Em seguida, o que sobrar você deverá previsionar para a quitação de suas dívidas, conforme a ordem de priorização que mencionamos anteriormente.
Faça renda extra
Agora é hora de pensar em uma renda extra para não cair na zona de superendividamento.
Você pode optar por trabalhos freelancers aos finais de semana ou então, alugar seu carro durante a semana e pegar carona.
Fazer docinhos, salgados ou marmita para fora.
Vender produtos pela internet ou fazer uma bazar com itens que você não utiliza.
Ademais, também invista em trabalhar pela internet com marketing de afiliados, que é algo que você pode fazer paralelamente ao seu trabalho principal.
Além disso, também pense em fazer o dinheiro trabalhar para você e não ao contrário.
Foque em investir seu dinheiro, nem que seja apenas R$30 reais (o mínimo necessário para investir em Tesouro Direto) e começar a criar sua reserva financeira, mesmo que ainda esteja em uma situação financeira complicada.
Para ter algumas ideias do que você pode fazer para ganhar mais dinheiro, confira as dicas em nosso outro post. Clique no botão abaixo.
Sobre o autor / Duda Razzera
Revisado por / Junior Aguiar
Editor(a) sênior
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