Uma dúvida comum entre os beneficiários do novo incentivo financeiro do Governo Federal é saber se é possível utilizar o Auxílio Brasil para fazer poupança. Respondendo de forma direta, sim, isso pode acontecer. No entanto, o procedimento deve ser feito com cuidado para que o Ministério da Cidadania não exclua o cidadão do programa social. 

O Auxílio Brasil foi criado com o objetivo de assistir os brasileiros que se encontram em situação de vulnerabilidade a garantirem uma renda mínima mensal. Porém, assim como aconteceu com o Auxílio Emergencial em 2020, informes do governo alegam que existe uma parcela dos beneficiários que não está utilizando os recursos disponíveis. 

Conforme regra estipulada pelo Ministério da Cidadania, o indivíduo tem até 120 dias para usar o benefício depositado em conta. Então, se não houver nenhuma movimentação até o prazo estipulado, o valor é retido e o cidadão perde o direito ao Auxílio. Isso ocorre porque, segundo o governo, a não utilização do dinheiro configura ausência de vulnerabilidade. Dessa forma, entende-se que o cidadão possui outras fontes de renda e não tem necessidade de participar do programa.

Todavia, é sim possível deixar uma quantia na conta do próprio Caixa Tem – poupança digital que é utilizada pelo governo para depositar o benefício – desde que o valor não seja significativo o suficiente para levantar suspeitas sobre a atual situação do beneficiário. O que não pode ser feito em hipótese alguma é reter o valor total do incentivo para não correr o risco de sofrer a exclusão do programa.

Ou seja, é importante ter cautela em relação à porcentagem preservada para que o Ministério da Cidadania não entenda que o valor total do benefício é mais do que a pessoa precisa para manter suas despesas mensais. 

O Auxílio Brasil beneficiou cerca de 17,5 milhões de cidadãos brasileiros no primeiro mês do ano de 2022 e a Caixa Econômica Federal deve retomar os pagamentos com o calendário de fevereiro ainda essa semana. Para participar do programa social é preciso estar inscrito no Cadastro Único, que funciona como um registro que possibilita ao governo compreender quais são e como vivem as famílias que possuem pouca ou nenhuma renda no país.