Se as chuvas excessivas das últimas semanas trouxeram algo de bom, com certeza foi ter a conta de luz mais barata logo no início de 2022. Nesse sentido, a crise hídrica enfrentada pelo país havia resultado no aumento exorbitante da conta de energia elétrica. Agora, com o aumento da água das chuvas, desde o mês passado podemos ver a queda na conta de luz.

Primeiramente, já há oito meses que estamos vendo um aumento na conta de energia elétrica. Na verdade, isso acontece devido a bandeira tarifária que acabou alcançando nível vermelho, patamar 2. Assim, a cada 100 kWh consumidos, o valor cobrado passou a ser R$14,20 mais caro! Entretanto, esse patamar da bandeira tarifária só entra em vigor quando temos uma crise hídrica como aconteceu em 2021.

Quando comparados ao mesmo período do ano passado, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou IBGE, já mostram uma diminuição de 1,07% no valor das contas. Aliás, o aumento do ano passado acumulou impressionantes 27,02% na alta do valor.

Pois bem, a queda deixando a conta de luz mais barata não afetou somente o bolso dos moradores. Nesse sentido, a diminuição do valor da conta também contribuiu para diminuir em 0,91% o grupo de combustíveis. Na verdade, não se via uma queda nos valores do combustível desde janeiro de 2021. Assim, tanto o etanol quanto a gasolina fecharam em baixa de 2,84% e 1,14% respectivamente.

Além disso, outra queda associada a conta de luz mais barata foi a do gás de cozinha. Segundo dados do IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o gás veicular teve queda de 0,86% no último mês. Desse modo o preço do botijão de gás também diminuiu, apresentando queda de 0,73% e pesando um pouco menos no bolso dos brasileiros.

Embora estejamos vendo uma conta de luz mais barata agora no início de 2022, a Agência Nacional de Energia Elétrica diz que o número de brasileiros com atraso no pagamento das contas já é recorde. De acordo com a ANEEL, foram 39,43% de famílias de baixa renda que apresentaram atraso de pelo menos um mês nas contas de energia elétrica. O índice de atraso começou a ser medido em 2012 e, ainda que tenha apresentado aumento gradual ao longo dos anos, esse foi o maior já registrado.