Após reportar rendimentos abaixo do esperado pelo mercado financeiro, ações do Santander caem e a instituição financeira tem seus papéis negociados a R$31,39 no pregão da última quarta-feira (02/02). O banco Espanhol informou um lucro líquido de R$3,880 bilhões nos últimos quatro meses de 2021, o que caracteriza uma queda de 2,0% em comparação com o mesmo período de 2020, e cerca de 10,6% em relação ao trimestre anterior. 

Os resultados do banco no 4T21 foram abaixo do esperado pelos analistas financeiros, mas manteve certa estabilidade nas principais linhas. Segundo analistas do Banco Safra, o enfraquecimento nos cálculos se deu por conta de despesas operacionais e da margem com o mercado, consideradas variáveis em apurações trimestrais. Além disso, houve um reajuste salarial na empresa no final de 2021, o que contribuiu com o apuramento. 

Mesmo com as ações cedendo em 3,36% no início da tarde de quarta-feira, o Safra manteve as recomendações de compra para os investidores. 

Para a corretora de investimentos Levante, o Santander apresentou um rendimento morno, e sem muitas novidades, porém dentro dos padrões. A queda de 28 pontos percentuais do índice de cobertura fez com que as provisões da carteira de crédito chegassem a 200% devido a ausência de um novo aumento. Então, mesmo sendo um número aceitável por conta da atual situação financeira do país, é preciso prestar atenção nesses valores. 

Entretanto, o investimento da empresa nos seus canais digitais e divulgação constante da integração tecnológica dos seus serviços gerou reações favoráveis e devem auxiliar na melhora dos resultados futuros, especialmente em capacidade operacional. 

De acordo com a Goldman Sachs, multinacional financeira sediada em Nova York, o faturamento do Santander sofreu um maior impacto negativo no quatro trimestre de 2021, o que levou o lucro do banco a ficar abaixo do que a GS previa. No entanto, os resultados foram amortecidos em parte graças ao bom controle de custos e provisões menores do que o esperado.

Em análise, os especialistas apontam um crescimento de 12,4% na carteira do Santander na comparação com o período anterior. Então, mesmo o ritmo sendo menor que o terceiro trimestre, os empréstimos para pessoa física tiveram alta, além do financiamento ao consumo, com 20,6% e 8,4% respectivamente. 

Por fim, mesmo a margem financeira ficando 4% abaixo das expectativas em decorrência da queda de 31% nos resultados de tesouraria, a margem de clientes teve alta de 3% em comparação com o trimestre anterior, o que é considerado um número razoável para o banco.