Finanças
O que significa a inflação e indexação da economia?
Quando falamos de reajustes salariais em épocas de crise financeira, é preciso se atentar com as consequências a longo prazo que essas correções podem apresentar. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a inflação e a indexação são os dois principais riscos. Confira mais a seguir!
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Termos usados pelo ministro Paulo Guedes para se opor ao reajuste salarial dos servidores causa confusão entre os brasileiros. Entenda o que eles significam.
Na última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a repreender o reajuste salarial para os servidores públicos. De acordo com Guedes, tal medida pode causar a inflação e indexação da economia brasileira, tal qual ocorreu entre a década de 80 e o início da década de 90. Para o ministro, a correção dos valores pode inclusive gerar uma hiperinflação a longo prazo.
Em nota, Guedes reforçou sua posição contrária ao reajuste, justificando que dessa forma o custo é empurrado para as próximas gerações, além de implodir gradualmente a economia do país. Isso porque se todos os trabalhadores do setor tiverem direito à correção salarial, o país corre o risco de retornar à realimentação inflacionária.
Os termos parecem confusos para quem não viveu a época a qual Guedes se refere. Portanto, vamos simplificar o que significa hiperinflação, inflação e indexação a seguir.
O que é hiperinflação, inflação e indexação?
Pois bem, a inflação é o aumento contínuo no preço de bens e serviços que são considerados básicos para o cidadão enquanto diminui-se o poder de compra através da desvalorização da moeda. Ela é determinada pelo índice de preços, representada no Brasil pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA.
Já a hiperinflação ocorre quando considera-se a média inflacionária inadequada. Ou seja, quando ela se mantém acima de 50% ao mês e sem previsão de queda. Para entender um pouco melhor sobre essa média, em 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo encerrou o ano com um aumento de 10,06%.
Nesse sentido, a meta para o ano era de 5,25%, com o centro em 3,75%. Contudo, mesmo com o índice inflacionário ultrapassando a meta e ficando acima do teto previsto, não se pôde considerar o ocorrido como um estado de hiperinflação.
Esse tipo de situação econômica costuma atingir países que possuem problemas em sua estrutura governamental. Em um estado de hiperinflação, a alta nos preços dos bens e serviços causa uma imensa desvalorização da moeda e do poder de compra dos seus cidadãos.
Quando isso acontece, o preço de alguns produtos e serviços pode aumentar diversas vezes em um único dia. Dessa forma, o capital ganho pelos trabalhadores não consegue acompanhar os valores e logo se acaba. Essa evaporação do dinheiro é a indexação.
Por fim, de acordo com especialistas financeiros, o Brasil deve começar a sair de um longo período inflacionário já a partir do próximo mês. Confira mais detalhes no conteúdo recomendado abaixo!
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Aline Barbosa
Tathiane Mantovani
Editor(a) sênior
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