Pois bem, o Banco Central aprovou no último dia 24 de março o lançamento do Open Finance. A novidade chega como uma expansão do Open Banking – sistema utilizado para compartilhar dados bancários. Com o estabelecimento do novo marco regulatório, outras instituições financeiras terão acesso ao serviço. 

Sem dúvida, a principal diferença entre os dois recusos está no alcance que ambos possuem. Isso porque o Open Banking se restringe à serviços e dados relacionados aos produtos financeiros tradicionais.

Já o Open Finance proporcionará o compartilhamento de dados referentes aos demais serviços, como câmbio, investimentos, seguros, previdência, entre outros. 

O lançamento do Open Finance teve o seu pontapé inicial na semana do dia 18. Na ocasião, o BC permitiu que fossem compartilhados dados do crédito rural. Além da troca de dados entre bancos que proporcionam crédito para produtos e serviços rurais, o serviço também incluirá outros setores.

Como por exemplo, empresas de auditoria, agências de classificação de risco e mercado de capitais.

Para consolidar o lançamento do Open Finance, o Banco Central e o CMN elaboraram um edital pra atualizar a transição da nomenclatura utilizada atualmente na regulamentação.

Em nota, o BC informou que está em negociações com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para que o Open Insurance também integre o Open Finance. 

É previsto que até o dia 30 de junho deste ano o Banco Central aprove em definitivo a estrutura de governança do Open Finance. Então, será possível acompanhar o compartilhamento de informações e serviços. Além disso, a entidade poderá determinar quais as penalidades para instituições financeiras que falharem em cumprir suas obrigações. 

Antes de elaborarem a estrutura definitiva, o Banco Central e o CMN incluíram na regulamentação alguns mecanismos que pudessem garantir a funcionalidade do Open Finance. 

Entre eles, estão as boas práticas, gestão de riscos, auditoria, politicas de controle interno, políticas de comunicação e transparência. Além destas, as instituições participantes do Open Finance devem cumprir demais obrigações estipuladas entre os integrantes. Todas elas estão nos contratos, guias e outros documentos de acordo com o Banco Central.

O lançamento do Open Finance é a evolução do Open Banking no país. Agora, os clientes tem maior poder sobre os seus dados financeiros. Assim, eles podem compartilhar as informações que desejarem com qualquer instituição financeira. 

Ademais, o Open Finance também proporciona uma experiência mais completa ao consumidor, além de mais oportunidades para as instituições financeiras. Com ele, os dados dos clientes serão compartilhados além dos bancos físicos e digitais.

Com a integração de outras instituições como exchanges e seguradoras, por exemplo, espera-se que as pessoas tenham acesso a serviços personalizados com custo menor.