Embora o Brasil continue enfrentando crise econômica séria, o Governo Federal optou pelo fim do Auxílio Emergencial em 2021. Dessa forma, em outubro do ano passado aconteceu o pagamento da última parcela. Ainda que tenha sido anunciado o pagamento de cotas extras do benefício, essas se referem ao quem deixou de receber valores dos quais tinha direito no ano passado.

No entanto, são cerca de 25 milhões de pessoas ainda em situação de vulnerabilidade social que estão já há quatro meses sem receber nenhum auxílio do Governo. Aliás, depois que o Palácio do Planalto anunciou a decisão do fim do Auxílio Emergencial, muitos brasileiros demonstraram a revolta em redes sociais, causando receio ao governo que teme que a decisão atrapalhe a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro.

Caso você não se lembre, o Auxílio Emergencial consistia de um benefício oferecido pelo Governo Federal através da Caixa Econômica Federal. Assim, o valor era pago a desempregados, microempreendedores individuais, trabalhadores informais e autônomos com a esperança de diminuir os impactos econômicos da pandemia. O auxílio visava proteger famílias que estavam em estado de vulnerabilidade, e foi lançado em abril de 2020.

Então, com o fim do Auxílio Emergencial o próprio Ministério da Cidadania já anunciou que são milhões de pessoas desamparadas, ainda sem conseguir se reerguerem após as consequências da pandemia. Aliás, a taxa de desemprego continua com duplo dígito, tendo atingido mais de 11% no último mês. Embora o Palácio do Planalto tema que uma população desgostosa se volte contra o atual governo em ano de eleição, nada foi dito sobre o retorno do benefício.

Enquanto isso, o Governo Federal procura diminuir o impacto negativo do fim do Auxílio Emergencial com o novo benefício Auxílio Brasil. O substituto do Bolsa Família já cadastrou ainda mais pessoas, gerando um aumento no número de beneficiários que pulou de 14 para 18 milhões de brasileiros cadastrados. Ainda que os números pareçam promissores, quando comparado ao Auxílio Emergencial, as coisas mudam. Isso porque, mesmo com o novo benefício, o Governo Federal ainda deixa de atender quase 20 milhões de brasileiros que continuam desamparados sem o benefício.

Embora a pressão popular continue forte para a volta do Auxílio Emergencial, o Palácio do Planalto continua em silêncio sobre o assunto. Segundo informações internas, o assunto não é mais discutido, o que indica de fato o fim do Auxílio Emergencial para os brasileiros.