Provavelmente você já guardou dinheiro na poupança em algum momento da vida, certo? Isso é muito normal, afinal, desde sempre a poupança é o primeiro investimento com o qual temos contato, principalmente aqui no Brasil. 

Mas, por que isso acontece? Bem, por muito tempo essa foi a maneira mais prática e rentável de investimento. Ou seja, a poupança era uma proposta interessante para quem não queria manter o dinheiro em casa, mas também desejava ter acesso a ele a qualquer momento, em caso de necessidade.

Porém, não é só isso. Ainda que baixa, a poupança rende juros, o que também sempre foi mais interessante do que guardar o dinheiro consigo, certo?

Contudo, ao longo dos anos o mercado financeiro mudou bastante. Felizmente, hoje muitas pessoas já entendem que guardar dinheiro na poupança está longe de ser um bom investimento. 

Mas, afinal, quais as razões por trás disso? Aqui neste post você vai entender melhor, assim como conferir 5 motivos para não desvalorizar o seu dinheiro dessa forma. Se interessou? Então, continue lendo!

Sim, é possível perder dinheiro na poupança, mas não diretamente. O dinheiro guardado na conta é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura a quantia depositada mesmo se algo acontecer à instituição bancária em que ele está armazenado.

Porém, você precisa saber que o dinheiro parado na poupança pode se desvalorizar, ou seja, você vai perder poder de compra se isso acontecer. Na prática, o prejuízo é o mesmo que perder dinheiro.

O principal risco de manter seu dinheiro na caderneta de poupança é, como mencionamos acima, o de perder seu dinheiro em vista da desvalorização dele. Isso acontece porque o rendimento atual da poupança representa menos que 70% da Selic, a taxa de juros que orienta toda a economia brasileira.

Uma vez que a inflação oscila frequentemente e aumenta de um ano para o outro, é comum que o dinheiro perca seu valor rapidamente. Em outras palavras, as coisas que você compra no supermercado hoje com 100 reais podem não caber nesse mesmo orçamento no ano que vem.

Por essa razão, manter o dinheiro na poupança por muito tempo pode ser mais um tiro no pé do que um investimento de verdade.

De forma geral, não há nenhum custo para manter uma poupança. Isso porque as instituições bancárias não podem cobrar taxas, nem para a abertura e nem para a manutenção desse tipo de conta. 

Como são classificadas como Contas para Serviços Essenciais, os bancos são proibidos de fazer qualquer tipo de cobrança.

Se você chegou até aqui, mas ainda não está totalmente convencido de que a poupança não vale a pena, aqui separamos 5 motivos que podem te fazer mudar de ideia. Confira, a seguir.

Como já mencionamos antes, a inflação é uma das principais inimigas da poupança. Ela aumenta todos os anos e, cada vez que ela fica mais alta que seu rendimento, você tem um prejuízo ainda maior.

Mas afinal, o que é esse tal poder de compra? Em um exemplo prático, suponha que você deixou R$ 500 guardados na poupança ao longo de 2020. Segundo dados do Banco Central, o rendimento anual para esse tipo de aplicação foi de 2,11% no ano passado, portanto, você retirou R$ 510,55. 

No entanto, a inflação subiu mais de 4,52% no mesmo período, uma porcentagem maior que o dobro do seu rendimento. Sendo assim, um produto que antes custava R$ 500 hoje custa R$ 522,60. Consegue entender como a desvalorização do dinheiro pela inflação é um prejuízo para você?

Assim como a inflação, o rendimento da poupança é um grande problema. Justamente por ser muito baixo, o valor com juros não consegue superar os impactos da alta dos preços. 

Atualmente, o rendimento mensal da poupança é de 0,24%. Dessa forma, a cada R$ 100 investidos, você receberá um juros de R$ 0,24, o que é muito baixo. Se a taxa Selic despencar, como aconteceu em 2020, pode ser que os rendimentos diminuam ainda mais. 

Fugir do Imposto de Renda ainda é uma das razões pelas quais muitas pessoas insistem em guardar dinheiro na poupança. Mas você sabia que existem outras alternativas que também oferecem o benefício de isenção desse imposto?

É o caso, por exemplo, dos investimentos em LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). Além de mais rentáveis e livres de IR, ambas as opções estão protegidas pelo FGC.

Além do Imposto de Renda, outra desculpa que muitas pessoas usam para se agarrar à poupança é o valor mínimo para começar. De fato, você pode aplicar qualquer valor na poupança para começar a ter um rendimento, ainda que mínimo.

Por outro lado, se você pensa que para migrar para outros produtos financeiros você precisa ter uma quantia alta em mãos, está enganado. O Tesouro Direto, por exemplo, permite que você comece a comprar títulos públicos a partir de R$ 30. 

Mas, se puder e quiser começar com valores mais altos, como R$ 1.000, os CDBs (Certificados de Depósito Bancários) também já passam a ser uma possibilidade.

Por fim, mas não menos importante, considere seu perfil como investidor. 

Pode ser que você tenha um perfil mais moderado e esteja disposto a diversificar suas aplicações para ter uma rentabilidade maior. Ou ainda, você pode ter um perfil mais agressivo e que, com uma boa educação financeira, esteja apto a investir em renda variável e ativos de maior risco.

Mesmo que você seja mais conservador e prefira investimentos mais seguros e de baixo risco, você agora já sabe que existem opções mais vantajosas, como o Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA.

Mas de qualquer forma, é importante ter cuidado e estudar bastante sobre os investimentos que escolher. Conhecer seu perfil evita que você saia da poupança e vá direto comprar ações, por exemplo, o que pode te fazer perder muito dinheiro de uma só vez.

Ademais, se você quer conhecer como funciona uma corretora de investimentos, leia o nosso conteúdo recomendado e confira como é o processo de abertura de uma conta na Rico.